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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Deep Work - Rules For Focused Success In A Distracted World
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 1455586692, 9781455586691
Editora: Grand Central Publishing
Neste microbook, você poderá entrar em contato com algumas dicas para ficar mais concentrado, mesmo em um mundo com tantos diferentes estímulos, que nos desconcentram a todo tempo. As ferramentas aqui ensinadas são voltadas para o desenvolvimento de um foco profundo, que lhe permite produzir mais em menos tempo em sua vida profissional e acadêmica.
Recomendado para todos aqueles que têm interesse em temas como produtividade, foco e eficiência, este microbook é ideal para profissionais, empreendedores e estudantes. Uma ótima leitura para momentos de descanso em casa.
O autor aqui é Calvin C. Newport, um professor associado de ciência da Computação na Universidade de Georgetown, além de ser um autor de seis livros de auto-aperfeiçoamento. Dentre eles, o "So Good They Can't Ignore You" e "Digital Minimalism". Conheça mais do que este homem pode lhe ensinar nos próximos 12 minutos.
Deep Work, ou trabalho profundo, é a habilidade que vai te ajudar a fazer muito mais coisas em menos tempo e a aprender novas habilidades complexas rapidamente. Para sobreviver no mundo contemporâneo, ela é essencial.
Cada vez mais, nós, profissionais da informação fragmentamos nossa atenção graças ao constante acesso às ferramentas virtuais, como redes sociais, emails e a própria internet. Sucumbir a estas distrações nos torna incapazes de trabalhar profundamente e nos faz trabalhar de forma superficial. É preciso dominar o Deep Work, pois o trabalho superficial não explora nosso potencial máximo e é facilmente repetível e substituível por outras pessoas.
Se você é como a maioria das pessoas, provavelmente faz muitas coisas ao mesmo tempo e acredita que este é o melhor uso do seu tempo. A má notícia é que esta lógica é completamente errada, pois trabalhar em muitas coisas em paralelo não é sinônimo de produtividade. É preciso abandonar o modo multitarefa no qual nos acostumamos a operar. Um estudo da Universidade de Minnesota, realizado em 2009, por exemplo, provou que ao alternar entre uma tarefa A e uma tarefa B, a atenção das pessoas continua ligada a primeira tarefa, o que prejudica a concentração e faz com que ambas as tarefas sejam completadas com uma performance pior.
Outro estudo, feito pela consultoria McKinsey, nos mostra que o profissional moderno está extremamente distraído. Ele gasta cerca de 60% do seu tempo utilizando ferramentas de comunicação online e navegando na internet. Quase 30% do tempo do profissional é dedicado a responder emails. Isso faz com que consigamos completar pequenas tarefas e nos sintamos ocupados, quando, na verdade, estamos destruindo nossa produtividade pela falta de foco.
Para conseguir trabalhar de maneira profunda, duas habilidades são essenciais. A primeira é a habilidade de dominar rapidamente coisas difíceis e complexas. A segunda é habilidade de produzir em alta performance, tanto em qualidade, quanto em velocidade.
Para aprender coisas difíceis rapidamente, você precisa se focar intensamente e sem distrações. Aprender é um ato de ‘trabalho profundo’ e se você se sente confortável em se aprofundar no trabalho, estará confortável em dominar os sistemas cada vez mais complexos e as habilidades necessárias para ser bem-sucedido em nossa economia. Se, em vez disso, você se sente desconfortável com a profundidade e com a constante distração, você não deve esperar que estas habilidades sejam fáceis para você. É preciso que você entenda a seguinte equação:
Trabalho produzido com alta qualidade = (tempo gasto) x (intensidade de foco)
Para produzir em seu nível máximo, você precisa trabalhar por períodos longos com concentração máxima em uma única tarefa, livre de distrações.
Existem estratégias distintas para entrar no modo 'deep work' e todas elas precisam da sua atenção. Não existe uma estratégia única, mas algumas dicas gerais podem ajudar.
A primeira abordagem é a monástica. Ela se baseia em remover todas as fontes de distração e se isolar do mundo, como um monge faria.
A segunda abordagem é a bimodal. Ela se baseia em definir um período longo de foco e deixar o resto do seu tempo livre para outras coisas.
A terceira é a abordagem rítmica, que se baseia em criar o hábito de trabalhar profundamente em blocos de 90 minutos, por exemplo, e já deixá-los reservados na sua agenda.
A última abordagem é a jornalística, que se baseia em alocar qualquer tempo livre que surja no seu dia para entrar no modo profundo.
Independentemente do método que você escolha, é importante saber que é preciso ser metódico para entrar em deep work. Você não será capaz de entrar profundamente no trabalho de forma constante se não criar um processo para isso.
Muitas tendências do mundo contemporâneo diminuem a capacidade das pessoas de realizarem trabalhos profundos, tais como escritórios abertos e sem salas privadas, plataformas de mensagens instantâneas e a necessidade de manter-se presente nas redes sociais. Sem dúvida, essas tendências trazem alguns benefícios, como respostas rápidas nas conversas, possibilidade de trabalho remoto e melhor comunicação nas empresas, mas, por outro lado, prejudicam o trabalho profundo.
Além das tendências descritas acima, outras distrações ocupam os locais de trabalho. Uma delas é a cultura da conectividade, segundo a qual precisamos responder aos e-mails e às mensagens rapidamente e o tempo todo. Sendo assim, por que tantas pessoas pregam a cultura de conectividade, embora seja provável que ela prejudique o bem-estar e a produtividade dos funcionários? A resposta pode ser encontrada no Princípio da Menor Resistência, que, atualmente, norteia o comportamento no ambiente de trabalho. Segundo ele, em um ambiente de negócios, sem o feedback claro do impacto de diversos comportamentos, temos a tendência de agir de acordo com os comportamentos que são mais fáceis no momento.
Aparentemente, no mundo de negócios atual, muitos profissionais estão se voltando para a velha definição de produtividade para tentar solidificar seus valores em suas vidas profissionais. Profissionais da informação têm a tendência de buscar maior ocupação visível, porque lhes falta uma maneira melhor para demonstrar seu valor. Essa tendência pode ser chamada de "Ocupação como um sinal da produtividade".
Na falta de indicadores claros que sinalizem o que significa ser produtivo no trabalho, muitos profissionais buscam um indicador industrial de produtividade: fazer muitas coisas de maneira visível. Isso acaba prejudicando o profissional, pois ele acaba produzindo muitas pequenas atividades superficiais e se torna facilmente substituível.
Por isso, hoje, o 'trabalho profundo' deveria ser uma prioridade no ambiente corporativo, o que não acontece. O fato é que o trabalho profundo é difícil, enquanto o trabalho superficial é simples e fácil. Isso faz com que, na falta de metas claras, sejam priorizadas as ocupações visíveis que ficam ao redor de uma tarefa, fazendo com que as pessoas foquem apenas no superficial.
Diferente dos artesãos que enfrentam desafios profissionais relativamente bem definidos, mas de difícil execução, não é fácil definir exatamente as tarefas que precisam ser executadas por especialistas no mundo atual. Tudo parece terminar em alguns e-mails e apresentações de PowerPoint. Além disso, será que o profissional especializado consegue se realizar em seu trabalho, assim como o artesão se realiza em seus trabalhos manuais?
Essa conexão entre profundidade e propósito não está muito clara no trabalho especializado, mas não significa que ela não existe. O objetivo aqui é entendermos que o trabalho profundo pode gerar tanta satisfação na era da economia da informação, quanto ela gerava na época da economia artesanal.
Para entrar em modo 'deep work' você precisa entender o conceito de flow, ou fluxo, que o autor nos traz. O fluxo é um estado mental em que o corpo ou mente de uma pessoa é ‘esticado’ a seus limites, em um esforço voluntário para conquistar alguma coisa difícil e realizadora. Quanto mais experiências de fluxo acontecem em uma semana, maior será a satisfação e a felicidade de alguém. Isso é interessante, pois contraria a sabedoria popular de que é o descanso que deixa as pessoas felizes. O trabalho profundo é um estado de fluxo contínuo e esse fluxo gera felicidade. Com isso, temos um poderoso argumento da psicologia em favor da profundidade. Décadas de pesquisa validam que o ato de se aprofundar em algo nos ajuda a organizar a nossa mente e, assim, valoriza nossas vidas.
O trabalho profundo é a chave para extrair propósito e sentido da sua profissão. Além disso, adotar o trabalho profundo em sua própria carreira e direcioná-lo de maneira a cultivar suas habilidades é um esforço que pode transformar seu trabalho e fazer com que ele deixe de ser uma obrigação distraída e se torne uma tarefa satisfatória e realizadora.
A chave para desenvolver um trabalho profundo é acrescentar rotinas e rituais em sua vida para minimizar a quantidade de força de vontade necessária para manter um estado de concentração ininterrupta. Por exemplo, se no meio de uma tarde distraída você decide de repente navegar pela internet, para mudar sua atenção para uma tarefa com exigência cognitiva, você vai precisar fortemente da sua força de vontade para te afastar da web. Portanto, essas tentativas muitas vezes falham. Por outro lado, com rotinas e rituais inteligentes – como separar um tempo e um local quieto para suas tarefas profundas – você vai precisar muito menos da sua força de vontade para começar e para continuar trabalhando. No longo prazo, você terá sucesso com esses esforços profundos muito mais frequentemente.
Para extrair o máximo das suas sessões de trabalho profundo, construa rituais em seu dia de trabalho. Decida:
Além disso, planeje seu tempo de inatividade. O tempo ocioso ajuda seu cérebro a descansar e faz com que suas horas de trabalho profundo sejam mais produtivas. Existem outras três razões para que você forneça um pouco de ociosidade ao seu trabalho:
Uma vez que seu cérebro se acostumou a um mundo ultra distraído, é difícil adaptá-lo para funcionar profundamente. Se cada momento de tédio potencial em sua vida – por exemplo, se você precisa esperar cinco minutos em uma fila ou se sentar sozinho em um restaurante até que seus amigos cheguem – é aliviado por uma olhada rápida em seu celular, seu cérebro chegou a um ponto em que não está pronto para trabalhar de maneira profunda – mesmo se você praticar essa concentração regularmente.
Por isso, você deve praticar a meditação produtiva. O objetivo dela é pegar um período em que você esteja ocupado fisicamente, mas não mentalmente, como por exemplo andando, dirigindo ou tomando banho – e focar sua atenção totalmente em um problema profissional bem definido. Dependendo da sua profissão, esse problema pode ser escrever um artigo, tentar definir uma estratégia de negócios ou preparar uma palestra. Assim como na meditação plena, você precisa continuar a atrair sua atenção para o problema. Para ser bem-sucedido com a meditação produtiva, é importante reconhecer que, como qualquer outra forma de meditação, você precisa praticar muito para se sair bem.
Como um iniciante, quando você começar sua sessão de meditação produtiva, o primeiro reflexo da sua mente será trazer pensamentos mais interessantes, desconexos. Quando notar que sua atenção está fugindo do problema, lembre-se de que você pode pensar nessas coisas depois e redirecione sua atenção ao problema novamente.
Identifique os fatores-chave que determinam o sucesso e a felicidade em sua vida profissional e pessoal. Só adote ferramentas como o Facebook e o Twitter se seus impactos positivos nesses fatores ultrapassarem os impactos negativos.
Você não precisa largar a internet completamente, mas deve rejeitar o estado de distração de estar sempre conectado. Existe um meio termo e, se você está interessado em desenvolver um hábito de trabalho profundo, precisa lutar para chegar lá. Tenha sempre em mente os seguintes pontos:
Para resumir, se você quer eliminar o vício dos sites de entretenimento drenando seu tempo e atenção, dê a seu cérebro uma alternativa de qualidade. Isso não só vai preservar sua habilidade de resistir às distrações e de se concentrar, mas também vai te ajudar a experimentar o que significa viver, e não só existir.
Trate o trabalho superficial com desconfiança, porque seu dano é muitas vezes subestimado e sua importância superestimada. Esse tipo de trabalho é inevitável, mas você deve mantê-lo confinado a um ponto em que ele não impeça sua habilidade de aproveitar ao máximo seus esforços profundos, que determinam seu impacto.
Comece programando cada minuto do seu dia:
Uma combinação de programação organizada e flexibilidade para reagendar as coisas se necessário irá permitir mais insights criativos do que uma abordagem mais tradicional, com um dia desestruturado e aberto. Sem uma estrutura, é fácil permitir que seu tempo caia na superficialidade – e-mail, redes sociais e internet. Esse tipo de comportamento superficial, embora seja prazeroso no momento, não conduz à criatividade. Por outro lado, com uma estrutura, é possível definir blocos regulares de tempo para gerar novas ideias ou trabalhar profundamente em algum desafio ou brainstorm por um período de tempo fixo. Esse é o tipo de compromisso que gera inovação.
Quantifique a profundidade em cada atividade:
Uma vantagem de programar seu dia é que você pode determinar quanto tempo está gastando em atividades superficiais. Depois de entender onde suas atividades estão na escala de profundidade ou superficialidade, gaste seu tempo nas mais profundas.
Qual porcentagem do meu tempo deve ser gasta em trabalhos superficiais? Se você tem um chefe, tenha uma conversa com ele sobre isso. Você provavelmente vai precisar definir para ele o que são trabalhos “superficiais” e “profundos”. Se você trabalha por conta própria, faça essa pergunta a si próprio.
Termine seu trabalho às 17:30 da tarde:
Esse é um compromisso fixo com a produtividade, sugerido por Cal. Ter uma hora fixa para terminar o dia de trabalho torna necessário que você seja capaz de encontrar estratégias de produtividade que permitam concluir tudo que deve ser feito na hora e na velocidade certas.
A vida profunda não é para todos. Ela exige trabalho duro e mudanças drásticas em seus hábitos. Para muitos, existe um conforto na ocupação artificial de responder a mensagens rapidamente ou postar em redes sociais, mas a vida profunda exige que você deixe muita coisa para trás. Há também uma dificuldade que circunda qualquer esforço para produzir as melhores coisas que você é capaz de produzir, já que isso te obriga a confrontar a possibilidade de que seu melhor (ainda) não é tão bom.
Mas se você está disposto a se esquivar desses confortos e medos, e lutar para utilizar sua mente em sua capacidade máxima para criar coisas importantes, então você vai descobrir que a profundidade gera uma vida rica em produtividade e significado.
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Cal Newport é professor associado de ciência da computação na Universidade de Georgetown, especialista na teoria dos algoritmos distribuídos. Ele já obteve seu Ph.D. do MIT em 2009 e formou-se no Colégio Dartmouth em 2004. Além de estudar os fundamentos teóricos da nossa era digital como professor, Newport também escreve sobre o impacto dessas tecnologias no mundo do trabalho. Seu livro mais recente, Deep Work (Grand Central, 2016), argumenta que o foco é o novo I.Q. na economia do conhecimento, e que os indivíduos que cultivam sua capacidade de concentração sem distração prosperarão. Na publicação, o Deep Work tornou-se um bestseller instantâneo do Wall Street Journal e recebeu elogios na New York Times Book Review, The Wall St... (Leia mais)
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